Imagem capa - Dança que conecta irmãs! - Grupo Zrínyi Művészegyüttes, Teatro Bunkyo  por Sara Santos
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Dança que conecta irmãs! - Grupo Zrínyi Művészegyüttes, Teatro Bunkyo

Já vou começar explicando, e se você não conseguiu ler o nome do grupo, bem vindo ao club! Clique aqui para o Google te mostrar como se pronuncia, e se mesmo assim não entender, tudo bem, cá entre nós: eu também não consegui!

Zrínyi é um grupo de Cultura Húngara de São Paulo desde 1981, sendo descendente ou não, as portas estão aberta para você! Entre todas as coisas que a Casa Húngara te ensina, uma delas é a dança, claro!

Minha amiga de velha data, Mariana Stella, decidiu enfim convidar-me para assistir uma apresentação, e eu bem Sara, cheguei equipada entrando nos bastidores! 

Agora venho mostrar as fotos, dois depoimentos e um pouco do meu ponto de vista.

*Esse pode ser um texto um pouco mais longo do que costumo trazer aqui, achei que deveria avisar! Mas não desanima, prometo que vai valer a pena!




Recentemente tenho me aberto mais as infinitas categorias e culturas, saindo um pouco do conforto  do que já conhecia, e não tenho receio algum em dizer que, a Dança húngara me encantou mais do que achava possível! (Estou tentada a fazer uma aula)

Ponderei e decidi perguntar para os dançarinos como e por qual motivo a dança húngara, tão pouco conhecida e que parece agarrar quem a celebra com força, de uma forma que não querem mais parar de senti-la!



Mariana: "Entrei na dança húngara quando eu tinha 13 anos e minha irmã Gabriela ( hoje atual coordenadora do grupo) estava prestes a fazer 17 anos, e uma amiga dela do colégio a convidou pra ir em uma festa dentro da colônia Húngara. Eu não estava nem um pouco afim de ir, mas minha irmã se animou muito, e não queria ir sozinha, então nós fomos.
E lá entramos em contato com a dança, nós duas nos encantamos! Foi incrível, tudo parecia tão lindo, tão mágico. Fizemos amizade com os integrantes e decidimos participar do grupo.
E isso já faz 8 anos! Desde então, a dança nos enriqueceu, com a cultura, com as pessoas, e com as experiências!"

**Oito anos, eu sou amiga da Mari há seis, e ela veio me convidar agora!

A energia de bastidor é difícil de descrever, o que posso falar com certeza é que esse grupo é harmonioso, unido, até mesmo quem não dançou apareceu para apoiar e aplaudir, e nessa vida de viver arte sabemos que apoio moral faz toda diferença! 




Nesse dia eram tantas culturas juntas, que era difícil olhar para um lado só, de admirar uma coisa apenas!



***Ully Nemeth, me perdoa!

A Gabriela Stella, pode até ser a irmã da minha amiga, e querendo ou não, somos mais parecidas em boa parte das coisas, inclusive pelo encanto pelas palavras, sendo assim ela ganhou sem pedir (e nem sei assim quer) um espacinho especial no meu coração.




Gabriela: "Dança sempre foi uma atividade que me motivou. Quando pequena fiz Ballet, aos 9 comecei dança de salão, e aos 12, quase que sem querer, conheci a dança folclórica.
Aos 14 anos conheci o Zrínyi, antes mesmo de saber onde a Hungria estava no mapa, já tinha me apaixonado por diversas danças, e em 2011 fiz minha primeira apresentação.
Acho que errei mais da metade da dança! Mas ali, em uma escola húngara, descobri que independente de universidade, país, ou do meu sangue, a Hungria tinha uma parte da minha vida que se tornaria insubstituível!
Subir no palco com uma música folclórica do outro lado do mundo transformou a minha visão, me deixou muitas vezes distante dos gostos da minha geração, mas me deu um conhecimento corporal e social que acho, nenhuma outra atividade faria igual.
Entre viagens, algumas paradas e muitos erros, a dança vem sempre para me mostrar o que eu realmente sei fazer. As pessoas que não se parecem comigo, mas sempre me acolhem como parte da família, e de fato, posso dizer que fazer parte do Zrínyi e da colônia húngara de São Paulo e da América Latina, me trouxe a melhor família que eu poderia sonhar, uma família baseada na história e na continuidade, que deseja que todos conheçam seu passado para construir o futuro, e finalmente, o lugar que parece ser certo estar!
Descobri que meu lugar no mundo é dançando.
Acho que tá muito grande, ou muito meloso. Mas na dança eu fico toda boba!"


Eu, Sara, não tenho mais nada a complementar depois desse relato, portanto deixo agora mais fotos desse dia, que de uma forma que não sei explicar ainda, me mudou um pouquinho.



Se não for para dançar com a sua irmã, e ter a saia levantada em meio de todos sem o menor pudor para arrumar os forros, nem valeria a pena!